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Português 7º ano

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Módulo 1, Aula 13

Aula 13- Elaboração de reportagens e entrevistas- ( notícia, manchete, entrevista)

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Aula 13- Elaboração de reportagens e entrevistas- ( notícia, manchete, entrevista) 1

Como Fazer uma Reportagem? 

A reportagem é um gênero textual expositivo no qual se desenvolve extensamente um tema de interesse geral. Ela pode ser sobre pessoas, lugares ou um sucesso concreto. 

A reportagem é mais que uma notícia; não só verifica os fatos, como apresenta suas causas e seus efeitos, a origem dos acontecimentos, ocupando assim, muitas vezes, páginas inteiras de jornais ou revistas. 

Estrutura 

Manchete: compõe-se de frases curtas e objetivas; apresenta-se em letras de maior destaque, visando despertar o interesse do leitor para o que se quer comunicar. 

Título auxiliar: complementa o título principal, isto é, a manchete, com o objetivo de aumentar o interesse do leitor pelo conteúdo da notícia ou reportagem. 

Lide: constitui o primeiro parágrafo, que apresenta, de forma resumida, aspectos relevantes da informação sobre a qual a reportagem ou notícia versa, respondendo a questões como: O quê? Quem? Quando? Como? Onde? Por quê? 

Corpo da reportagem: consiste no texto desenvolvido, com a apresentação mais pormenorizada dos pontos relevantes ao assunto tratado. 

Veja um exemplo da estrutura de uma reportagem na imagem abaixo: 

Exemplo de reportagem.

Trecho de reportagem retirado do jornal Folha de São Paulo. 

Diferenças entre notícia e reportagem 

No que se refere aos aspectos do gênero textual, reportagem e notícia apresentam semelhanças e diferenças. Os pontos em que se assemelham são estruturais, ou seja, é comum identificarmos em ambas os mesmos elementos constituintes. 

Notícia e reportagem diferem no seguinte aspecto: a primeira notifica um fato, e a segunda precisa ir além de uma simples notificação, estabelecendo relações de causa e efeito, questionando, apresentando diferentes pontos de vista, dados etc. 

Tipos de reportagem 

A reportagem pode ser expositiva, interpretativa ou opinativa. 

Na expositiva, os fatos são apresentados simples e objetivamente. Na interpretativa, são estabelecidas conexões entre os acontecimentos e apresentados comentários sobre eles. Na opinativa, os fatos são apresentados evidenciando-se a opinião do repórter. 

Características da reportagem 

Observe um fragmento de reportagem feita sobre um trabalho de Fernanda Montenegro no cinema internacional: 

Na hora em que o diretor de filmes como Quatro casamentos e um funeral, O sorriso de Monalisa e Harry Potter e o cálice de fogo telefonou chamando-a para sua adaptação cinematográfica do livro O amor nos tempos do cólera, de Gabriel García Márquez, ela lhe perguntou: – Por que não uma colombiana? 
Newell insistiu: – Eu quero seus olhos. Venha para cá fazer o filme comigo. 

O Globo, 22 dez. 2007. 

Para que a informação seja o mais completa e objetiva possível, o jornalista deve elaborar uma investigação exaustiva, durante a qual procurará resumir dados e testemunhos de outras pessoas. Na reportagem costumam-se integrar várias formas discursivas, em especial a descrição, a narração e a entrevista

Como fazer uma reportagem 

A reportagem é um gênero jornalístico informativo que amplia uma notícia. Consiste em uma informação mais ou menos extensa sobre algum problema, fato ou sucesso na atualidade. Pode tratar dos mais variados temas, sempre que estes sejam relevantes cara o público e estejam conectados com a realidade. 

A boa reportagem traz diferentes perspectivas do fato tratado para que, diante da informação dada, o leitor tire suas próprias conclusões. Às vezes, quando o tema é polêmico, entrevistam-se diferentes especialistas no assunto que dão opiniões divergentes e complementares. 

Para fazer uma boa reportagem, o repórter deve levar em conta as seguintes normas: 

  • Os fatos devem ser expostos com rigor e objetividade, sem que haja opiniões pessoais sobre eles. 
  • Devem-se relatar os fatos com clareza. Só se pode escrever claramente sobre assuntos que se conhecem com profundidade; portanto, em toda reportagem é imprescindível a documentação prévia. 
  • E necessário utilizar uma linguagem precisa, com palavras apropriadas e de uso comum. Porém, quando o tema necessitar, convém utilizar jargões técnicos. Por exemplo, em uma reportagem sobre astronautas, devem-se usar termos como órbita ou cabine pressurizada. 
  • O ponto de vista deve ser original em seu enfoque: o jornalista levará a seus leitores um novo modo de ver as coisas; será capaz de revelar novos ou desconhecidos aspectos sobre o assunto. 
  • É conveniente que o texto tenha um começo atrativo e um desenvolvimento interessante. 

ENTREVISTA 

É um diálogo entre um ou mais entrevistadores e entrevistado(s) 
 

Entrevista é um diálogo entre duas ou mais pessoas: entrevistador (es) e entrevistado (s). O principal objetivo é extrair declarações e informações sobre determinado assunto. 

As entrevistas são muito utilizadas pelos jornais, sites, revistas, rádios e tvs com o intuito de passar um conhecimento para a população. Além de jornalística, existe também a entrevista de emprego, social, psicológica, entre outras. 
De maneira geral, essa linha de gêneros textuais, principalmente o jornalístico, tem grande importância para a sociedade por possibilitar à população o conhecimento sobre fatos e assuntos por meio de profissionais que apuram os detalhes e os apresentam de forma completa e precisa. 
 

Características 

As principais características da entrevista são a oralidade e o discurso direto (reprodução integral da fala de um personagem). A primeira pelo fato de tratar-se de um diálogo e a segunda pois, na maioria das vezes, o diálogo é transcrito exatamente como foi conversado.  

Nas entrevistas publicadas em meios impressos, por exemplo, é possível perceber a utilização de muitos sinais de pontuação, como travessão, aspas, reticências, interrogação, parênteses, em alguns casos até detalhando aspectos do entrevistado, como emoções, lágrimas e risos. 

Aula 13- Elaboração de reportagens e entrevistas- ( notícia, manchete, entrevista) 2

A entrevista é um diálogo entre uma ou mais pessoas onde o entrevistador faz as perguntas e o entrevistado pergunta. (Foto: Pixabay) 

Estrutura da entrevista 

 
De maneira geral, a entrevista é estruturada da seguinte maneira: definição do tema, roteiro, título e revisão. 
 

Definição do tema: é o primeiro passo para a entrevista acontecer. Somente a partir daí é possível escolher o entrevistado (fonte) que tem mais conhecimento sobre aquele assunto e que contribuirá para enriquecer o texto. 

– Roteiro: como o próprio nome diz, é o material que vai guiar o entrevistador no momento da entrevista. Para elaborá-lo é imprescindível pesquisar sobre o tema e sobre a fonte. A partir daí podem ser listadas algumas perguntas que nortearão o trabalho, apesar de que podem surgir outras questões interessantes além do que estará no papel. 

– Título: realizada a entrevista, ela é transcrita, se for para jornal, revista ou internet. Muitas vezes ela é iniciada com um título, que deve resumir o assunto abordado de maneira interessante, que prenda a atenção do leitor. 

– Revisão: por fim, é fundamental que todo o texto seja revisado para identificar possíveis erros de escrita. 

Um exemplo de como funciona essa estrutura na prática é a dinâmica em um veículo de comunicação. Após a definição da pauta – que é o tema da reportagem ou matéria – o repórter faz as pesquisas necessárias para realizar a entrevista.  

É comum que seja utilizada uma câmera ou gravador para que seja possível transcrever de maneira literal tudo que foi dito. Após a transcrição e revisão, a entrevista é publicada. Podem ser utilizados mecanismos que atraia o leitor, como o “olho”, que são destaques em frases ditas pelo entrevistado. 

Tipos de entrevista jornalística 
Existem sete principais tipos de entrevista jornalística. São elas: 

 
– Individual: é realizada apenas com o entrevistador e o entrevistado, previamente agendada.  

– Rotina: acontece a partir dos acontecimentos factuais e de interesse público, com personagens que estiveram presentes nessas ocorrências (que podem ser acidentes, ortes, assaltos, enchentes, entre outros). 

– Em grupo: mais conhecida como coletiva de imprensa, é realizada com jornalistas de diversos veículos e cada um faz suas respectivas perguntas ao(s) entrevistado(s). 

– Exclusiva: é uma entrevista concedida a apenas um jornalista, com um informação ainda desconhecida por todos.  

– Pesquisa: realizada por especialistas que devem dar uma informação técnica, porém de fácil compreensão sobre determinado assunto.  

– Personalidade: descreve a vida de uma pessoa famosa como seus hábitos, história de vida e curiosidades. 

– Opinativa: é realizada com pessoas que possuem experiências e conhecimentos sobre determinados assuntos, como atletas, estudiosos ou profissionais consagrados. 

– Caracterizada: são os trechos curtos de uma entrevista, inseridos em um texto entre aspas e transcritos exatamente como foram ditos pelo entrevistado. 
 

Entrevista dirigida e não-dirigida 
 

entrevista dirigida é a que visa obter detalhes sobre uma experiência vivida pelo entrevistado, como acontecimentos factuais, tragédias, crimes, entre outros. Nessas situações, muitas vezes, o entrevistador não elabora o roteiro com perguntas pré-determinadas e sim, a partir do que está sendo conversado. 

não-dirigida é aquela preparada com antecedência, com elaboração de roteiro, pesquisa e perguntas.  

Exemplo de entrevista 
 

Analise um trecho da entrevista do cantor baiano Gilberto Gil ao jornalista Urariano Mota em 2007: 

Urariano Mota – Em 1969, você e Caetano foram expulsos do Brasil pela ditadura militar. Como é que você vê hoje, quando deu a volta por cima, primeiro com sua música, depois politicamente, porque é um ministro do governo. Que lembranças lhe dão o golpe de 1964? 

Gil – Das lembranças que a gente tem normais, do passado. Com as boas e más lembranças do passado. Com a recordação dos bons momentos e dos maus momentos, do que os bons momentos fizeram de mal à minha vida, do que os maus momentos fizeram de bem à minha vida … (Ri) Tudo isso.. (E faz um gesto amplo, circular, com os braços.) 

UM – Depois, quando saiu do Brasil, você compôs “Aquele abraço”. 

Gil – Foi… Eu fiz já aqui no Brasil ainda, saindo. Na semana que eu estava indo embora, eu gravei. Na véspera de eu ir embora, eu gravei.  

UM – “Alô, alô Realengo” … Paulo Francis, de quem a gente nunca pode dizer que era um amor de pessoa, ele chegou uma vez no Pasquim…  

Gil – Não, até que um amor de pessoa a gente pode dizer. A gente pode dizer que talvez ele não fosse uma pessoa do amor. (Risos) Que ele era amável, em tudo. Mas renitente com esse exercício irrestrito da amorabilidade. Ele tinha coisas das quais ele não queria mesmo gostar e não queria que aquelas coisas fossem aceitáveis, que eram pra ele inaceitáveis! 

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