O período da história conhecido como Idade Média foi um espaço de tempo iniciado com a queda do Império Romano do Ocidente, em 476, e encerrado com a tomada da capital do Império Bizantino, Constantinopla, pelos turco-otomanos, em 1453. Costuma ser dividida em dois momentos: Alta e Baixa Idade Média.
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Alta Idade Média (Séculos V – X): Período de invasões Germânicas e de fragmentação política na Europa Ocidental. Foi também momento de consolidação do feudalismo, sistema socioeconômico predominante no medievo. Por outro lado, no Oriente, tivemos dois grandes impérios: o Bizantino e o Árabe.
Baixa Idade Média (Séculos XI – XV): Período de auge do modelo feudal, e depois de seu declínio. Foi também o momento de grandes transformações econômicas, políticas, sociais que só seriam finalizadas na Idade Moderna, como a construção dos Estados Modernos e o desenvolvimento do sistema econômico mercantilista.
O período medieval até hoje exerce influência e fascínio na cultura pop. São diversos filmes, séries, jogos e livros que trazem acontecimentos, personagens ou ideias do período para os seus enredos. Como exemplo de filmes, nós temos Cruzada, que trata da série de eventos que conhecemos como as Cruzadas.
Nas séries, temos desde The Last Kingdom, que retrata acontecimentos como as invasões nórdicas ao território da atual Inglaterra, até Game of Thrones, que embora se passe em um mundo fictício, carrega elementos próprios do medievo em seu enredo.
Nos jogos, temos exemplos como o primeiro Assassin’s Creed, que se passa nos tempos da Terceira Cruzada, ou ainda The Witcher, Skyrim ou Dark Souls, que trazem elementos medievais para suas histórias.
Para compreender o que foi a Idade Média, precisamos relembrar alguns acontecimentos anteriores:
– A partir do século III, o Império Romano entrou em um longo período de crise. O vasto tamanho do território tornava difícil administrar o Império, o que levou a um aumento dos impostos para a população.
– A economia de Roma também não ia bem. Durante séculos, o Império foi construído com guerra e trabalho escravo. Porém, a dificuldade de administrar o território dificultava também expandir o Império ou de proteger as fronteiras, o que levou o Império Romano a buscar acordos de paz com povos e reinos vizinhos. Sem guerra, porém, não havia escravos novos para sustentar a economia romana.
– A crise agravou-se quando os romanos passaram a enfrentar invasões dos povos “bárbaros”, primeiro de forma pacífica, depois de forma violenta.
– Em 330, o imperador Constantino, percebendo a gravidade do problema, muda a capital do Império de Roma para Constantinopla, na parte oriental do império.
– Em 395, após a morte do imperador Teodósio, o império foi dividido entre seus dois filhos: o Império Romano do Ocidente, com capital em Roma, ficou com Honório, e o Império Romano do Oriente, com capital em Constantinopla, ficou a cargo de Acádio. A ideia era melhorar a administração em cada parte do império.
– A porção Ocidental, porém, bastante enfraquecida, não teve forças para resistir às invasões dos povos “bárbaros”. Em 476, Roma é invadida e o último imperador, Rômulo Augusto, foi deposto. Inicia-se a Idade Média.
Povos “Bárbaros”:
Hoje, o termo “bárbaro” é aplicado para descrever quem se utiliza de violência em excesso sem refletir sobre seus atos. Historicamente, o termo “bárbaro” não deriva de um grupo cultural específico e foi usado por gregos e romanos para descrever culturas que eles julgavam primitivas e que baseavam as conquistas mais pela força física do que pelo intelecto.
Essa visão, ligada à violência, foi estendida pelos romanos que passaram a nomear “bárbaros” os povos que não partilhavam de sua cultura, língua e costumes. Ainda assim, os romanos consideraram essas tribos como guerreiros destemidos e corajosos.
Grande parte dos povos considerados “bárbaros” pelos romanos era na verdade germânica, que apesar dessa denominação comum, eram bastante diversos entre si. Os povos germânicos habitavam o norte da Europa, onde hoje estão localizados países como a Alemanha, Áustria, Dinamarca, Noruega, Suécia, Holanda, Bélgica, Luxemburgo, Reino Unido e parte da França. As invasões ao Império Romano, porém, não foram apenas de germânicos, mas também de eslavos e mongóis. Abaixo, alguns exemplos:
– Godos: Tribo germânica oriental que se originou na Escandinávia. Migraram para o sul e conquistaram parte do Império Romano e eram um povo temido, cujos prisioneiros eram sacrificados ao seu deus da guerra, Tyr. Eram subdivididos em: ostrogodos (godos do leste) que ocupavam a Península Itálica e Balcãs, e os visigodos (godos do oeste) que ocupavam a Península Ibérica.
– Hunos: Um povo nômade, oriundo da Ásia Central, que invadiu a Europa e construiu um enorme império. Eles derrotaram os ostrogodos e visigodos e conseguiram chegar à fronteira do Império Romano. Eram um povo temido por toda a Europa como guerreiros exemplares, especializados no tiro com arco e equitação, e imprevisíveis em batalha.
– Magiares: Grupo étnico originário da Hungria e áreas vizinhas. Situavam-se a leste dos Montes Urais, na Sibéria, onde caçavam e pescavam. Na região, ainda criavam cavalos e desenvolveram técnicas de equitação.
– Pictos: Os pictos eram tribos que viviam em Caledônia, região que hoje é parte da Escócia ao norte do rio Forth. Pouco se sabe sobre este povo, mas é provável que compartilhassem alguns deuses com os celtas.
– Vândalos: Os Vândalos eram uma tribo germânica oriental que entrou no final do Império Romano durante o século V. Em 455, os vândalos atacaram e tomaram Roma. Saquearam a cidade por duas semanas, partindo com inúmeros objetos de valor. O termo “vandalismo” sobrevive como um legado desta pilhagem.
A organização social dos povos germanos baseava-se na família, tendo o pai figura central, exercendo poder sobre esposa e filhos. Aldeias eram formadas com cerca de cem famílias, e as decisões eram tomadas em assembleias de homens livres. Os líderes, escolhidos para chefiar os soldados nas guerras, deram origem aos reis e ao poder hereditário.
Além do rei, que tinha poderes militar e político, havia nobres, homens livres comuns, ex-escravos (que conquistaram sua liberdade) e escravos (prisioneiros de guerra, nascidos de famílias escravas ou escravizados por causa de dívidas).
O direito era baseado nos costumes e, portanto, as leis não eram escritas. A religião era politeísta e as divindades geralmente eram associadas aos elementos da natureza. A economia dos germanos baseava-se nas trocas entre aldeias. Cultivavam trigo, cevada, centeio, legumes e plantes cujas fibras eram usadas para tecelagem.
O período de penetração dos povos germânicos no Império Romano é dividido em dois: a fase de migrações e a de invasões.
– Migrações (séculos II e III): período em que populações germânicas se deslocaram em grande escala para os domínios do Império Romano, de forma pacífica, por meio de acordos com o próprio governo de Roma – que lhes reservou terras para se estabelecerem. Muitos de seus guerreiros ingressaram no exército romano.
– Invasões (séculos IV a VI): período em que os germanos invadiram o território romano de forma violenta. Um dos principais motivos para isso foi o avanço dos hunos nos territórios dos povos germânicos, o que provocou a debandada desses para o Império Romano.
Algumas das consequências das invasões germânicas foram: a ruralização da economia e o surgimento do feudalismo; a formação dos reinos germânicos; e o reforço do poder e da influência da Igreja Católica.
Idade das Trevas?
Por séculos, a Idade Média foi tida como uma época de insignificante desenvolvimento científico, tecnológico e artístico. Essa visão nasceu durante o Renascimento, no século XVI, quando o período medieval foi apelidado de Idade das Trevas. Porém, a Idade Média foi responsável por importantes avanços, sobretudo no que diz respeito à produção agrícola: inventaram-se o moinho, a charrua (um arado mais eficiente) e técnicas de adubamento e rodízio de terras.
Outra herança medieval são as universidades, que começaram a surgir na Europa no século XIII. Eram corporações, quase sempre ligadas à Igreja, que reuniam mestres e estudantes para o estudo de determinadas áreas do conhecimento. Uma universidade completa tinha faculdades de teologia (filosofia), artes (ciências e letras), direito e medicina.
Além disso, desenvolveram-se importantes movimentos artísticos, como o românico e o gótico na arquitetura:
– O Românico floresceu entre os séculos XI e XIII. Caracteriza-se por traços simples e austeros: grossos pilares, tetos e arcos em abóbada, janelas estreitas e muros reforçados.
– O Gótico desenvolveu-se entre os séculos XII e XVI e predominou em países como França, Alemanha e Inglaterra. Diferente do românico, é conhecido por sua leveza, elegância e traços verticais. As janelas eram ornamentadas com vitrais coloridos, o que permitia uma boa iluminação interior, e as paredes eram mais finas, e longos pilares sustentavam abóbadas mais altas e angulosas do que as românicas.
Viveram no período medieval influentes filósofos, como Santo Agostinho e São Tomás de Aquino; e, graças ao trabalho dos monges, preservou-se a cultura greco-romana – o que possibilitaria, aliás, o surto de revalorização da Antiguidade Clássica ocorrido durante o Renascimento. Diversas obras, traduzidas do árabe e do grego, influenciaram os estudos da matemática, da biologia e da medicina. A ciência medieval também contou com avanços, com a introdução da observação da natureza e da experimentação como métodos básicos do conhecimento cientifico.
Na pintura, os temas religiosos tornaram-se dominantes, com representações humanizadas de santos e divindades substituindo as imagens de paisagens naturais a partir dos séculos XII e XIII. Entre os maiores pintores do período, destacam-se os italianos Giotto e Cimabue.
A música também sofreu grande influência da Igreja. Na música sacra, destacou-se o papa Gregório Magno, que introduziu o canto gregoriano, caraterizado por uma melodia simples e suave cantada em uníssono por várias vozes. Também vale destacas o monge beneditino Guido d’Arezzo, que batizou as sete notas musicais. Na música popular, se destacam as canções dos trovadores (nome que se dava aos compositores e poetas românticos que criavam obras de caráter popular) e menestréis (cantores ambulantes que acompanhavam o trovador), inspiradas em temas românticos ou nos feitos heroicos dos cavaleiros.
A poesia medieval procurou enaltecer os valores e virtudes dos cavaleiros: justiça, amor, prudência e cortesia. Na poesia épica, exaltava-se a ação corajosa dos cavaleiros em prol da cristandade. Na poesia lírica, exaltava-se o amor cortês dos cavaleiros em relação às damas. Um dos grandes nomes da literatura medieval foi Dante Alighieri, autor da obra intitulada A Divina Comédia.
Ótima explicação!
muito bom
Aula top
gostei
Algumas questões do exercício não foram formuladas com os assuntos retirados do texto estudado!
bom