Português 8º ano
- Módulo I- Leitura e interpretação de textos.9 Aulas|9 Exercícios
- Aula I: Ponto de vista do narrador.
- Aula II: Tipos expositivo e argumentativos: resumos, resenha de mídia, fichamentos.
- Aula III: Charges e anedotas.
- Aula IV: Crônicas
- Aula V: Poesias relacionadas às culturas indígena e africana e outras Memórias.
- Aula VI: Elaboração de reportagens com ênfase em tema de sustentabilidade.
- Aula VII: Elaboração de crítica.
- Aula VIII : Criação de charges.
- Aula IX: Criação de texto instrucional, regras de jogo.
- Aula I: Ponto de vista do narrador.
- Módulo II- Gramática15 Aulas|15 Exercícios
- Aula X: Revisão de classes gramaticais.
- Aula XI: Verbos regulares. Tempos primitivos, derivados e irregulares..
- Aula XII- Acentuação gráfica.
- Aula XIII- Uso dos porquês.
- Aula XIV- Conotação e Denotação.
- Aula XV- Adjunto adnominal e complemento nominal.
- Aula XVI- Período Simples e Oração Absoluta
- Aula XVII- Período Composto, oração principal.
- Aula XVIII- Transitividade Verbal, Complemento Verbal.
- Aula XIX- Vozes Verbais.
- Aula XX- Classificação de verbos quanto a predicação
- Aula XXI- Aposto e Vocativo.
- Aula XXII- Colocação Pronominal.
- Aula XXIII- Conjunções Coordenativas.
- Aula XXIV- Orações Coordenadas.
- Aula X: Revisão de classes gramaticais.
Participantes 407
Resumo de Exercício
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1. Questão
Questão 1 (UFRGS, adaptada)
Considere as alternativas abaixo sobre o gênero crônica:
I. A neutralidade e a isenção do cronista são fatores preponderantes para a realização de uma boa crônica.
II. A crônica é escrita para durar pouco; daí advém o seu caráter efêmero e datado, bem como o interesse muitas vezes momentâneo.
Qual(is) está(ão) correta(s)?
CorretoIncorreto - Questão 2 de 5
2. Questão
Questão 2 (Fatec – 2013)
O labirinto dos manuais
Há alguns meses troquei meu celular. Um modelo lindo, pequeno, prático. Segundo a vendedora, era capaz de tudo e mais um pouco. Fotografava, fazia vídeos, recebia e-mails e até servia para telefonar. Abri o manual, entusiasmado. “Agora eu aprendo”, decidi, folheando as 49 páginas. Já na primeira, tentei executar as funções. Duas horas depois, eu estava prestes a roer o aparelho. O manual tentava prever todas as possibilidades. Virou um labirinto de instruções!
Na semana seguinte, tentei baixar o som da campainha. Só aumentava. Buscava o vibracall, não achava. Era só alguém me chamar e todo mundo em torno saía correndo, pensando que era o alarme de incêndio! Quem me salvou foi um motorista de táxi.
— Manual só confunde – disse didaticamente. – Dá uma de curioso.
Insisti e finalmente descobri que estava no vibracall há meses! O único problema é que agora não consigo botar a campainha de volta!
Atualmente, estou de computador novo. Fiz o que toda pessoa minuciosa faria. Comprei um livro. Na capa, a promessa: “Rápido e fácil” – um guia prático, simples e colorido! Resolvi: “Vou seguir cada instrução, página por página. Do que adianta ter um supercomputador se não sei usá-lo?”. Quando cheguei à página 20, minha cabeça latejava. O livro tem 342! Cada vez que olho, dá vontade de chorar! Não seria melhor gastar o tempo relendo Guerra e Paz?
Tudo foi criado para simplificar. Mas até o micro-ondas ficou difícil. A não ser que eu queira fazer pipoca, que possui sua tecla própria. Mas não posso me alimentar só de pipoca! Ainda se emagrecesse… E o fax com secretária eletrônica? O anterior era simples. Eu apertava um botão e apagava as mensagens. O atual exige que eu toque em um, depois em outro para confirmar, e de novo no primeiro! Outro dia, a luzinha estava piscando. Tentei ouvir a mensagem. A secretária disparou todas as mensagens, desde o início do ano!
Eu sei que para a garotada que está aí tudo parece muito simples. Mas o mundo é para todos, não é? Talvez alguém dê aulas para entender manuais! Ou o jeito seria aprender só aquilo de que tenho realmente necessidade, e não usar todas as funções. É o que a maioria das pessoas acaba fazendo!
(Walcyr Carrasco, Veja SP, 19.09.2007. Adaptado)
Entre as características que definem uma crônica, estão presentes no texto de Walcyr Carrasco:
CorretoIncorreto - Questão 3 de 5
3. Questão
Questão 3 (CFT-MG- 2017)
Fuga
Mal o pai colocou o papel na máquina, o menino começou a empurrar uma cadeira pela sala, fazendo um barulho infernal.
– Para com esse barulho, meu filho – falou, sem se voltar.
Com três anos já sabia reagir como homem ao impacto das grandes injustiças paternas: não estava fazendo barulho, estava só empurrando uma cadeira.
– Pois então para de empurrar a cadeira.
– Eu vou embora – foi a resposta.
Distraído, o pai não reparou que ele juntava ação às palavras, no ato de juntar do chão suas coisinhas, enrolando-as num pedaço de pano. Era a sua bagagem: um caminhão de plástico com apenas três rodas, um resto de biscoito, uma chave (onde diabo meteram a chave da despensa? – a mãe mais tarde irá dizer), metade de uma tesourinha enferrujada, sua única arma para a grande aventura, um botão amarrado num barbante.
A calma que baixou então na sala era vagamente inquietante. De repente, o pai olhou ao redor e não viu o menino. Deu com a porta da rua aberta, correu até o portão:
– Viu um menino saindo desta casa? – gritou para o operário que descansava diante da obra do outro lado da rua, sentado no meio-fio.
– Saiu agora mesmo com uma trouxinha – informou ele.
Correu até a esquina e teve tempo de vê-lo ao longe, caminhando cabisbaixo ao longo do muro. A trouxa, arrastada no chão, ia deixando pelo caminho alguns de seus pertences: o botão, o pedaço de biscoito e – saíra de casa prevenido – uma moeda de 1 cruzeiro. Chamou-o, mas ele apertou o passinho, abriu a correr em direção à Avenida, como disposto a atirar-se diante do ônibus que surgia a distância.
– Meu filho, cuidado!
O ônibus deu uma freada brusca, uma guinada para a esquerda, os pneus cantaram no asfalto. O menino, assustado, arrepiou carreira. O pai precipitou-se e o arrebanhou com o braço como a um animalzinho:
– Que susto que você me passou meu filho – apertava-o contra o peito, comovido.
– Deixa eu descer, papai. Você está me machucando.
Irresoluto, o pai pensava agora se não seria o caso de lhe dar umas palmadas:
– Machucando, é? Fazer uma coisa dessas com seu pai.
– Me larga. Eu quero ir embora.
Trouxe-o para casa e o largou novamente na sala – tendo antes o cuidado de fechar a porta da rua e retirar a chave, como ele fizera com a da despensa.
– Fique aí quietinho, está ouvindo? Papai está trabalhando.
– Fico, mas vou empurrar esta cadeira.
E o barulho recomeçou.
SABINO, F. In: Para gostar de ler – Crônicas 2. São Paulo: Ática, 1988.
Na crônica, os eventos narrados associam-se à ideia de:
CorretoIncorreto - Questão 4 de 5
4. Questão
Questão 4
São características da crônica:
I. Gênero narrativo marcado pela brevidade, narra fatos históricos em ordem cronológica.
II. Publicada em jornal ou revista, destina-se à leitura diária ou semanal, pois trata de acontecimentos cotidianos.
III. Obra de ficção do gênero narrativo, apresenta narrador, personagens, ponto de vista e enredo.
IV. Gênero que se define por sua pequena extensão, é mais curto que a novela ou o romance, apresentando uma estrutura fechada.
V. Tipo de texto que se caracteriza por envolver um remetente e um destinatário, geralmente é escrito em primeira pessoa.
CorretoIncorreto - Questão 5 de 5
5. Questão
Questão 5
De homem para homem
– Ateu, não: agnóstico
– Pois eu te dou quinhentas pratas se você me disser o que quer dizer essa palavra.
– Ora, para começar você não tem quinhentas pratas. Estou conversando a sério e você me vem com molecagem. Acho que Deus é uma coisa, os padres outra. O ranço das sacristias me enoja. Tenho horror ao bafo clerical dos confessionários! O bem que a confissão pode nos fazer é o de uma catarse, um extravasamento, que a psicanálise também faz, e com mais sucesso. Estou mesmo com vontade de me especializar em psiquiatria.
– Só mesmo um doido te procuraria.
Mauro não pôde deixar de rir. Eduardo acrescentou:
– Você vai ter de se curar para depois curar os outros.
– É isso mesmo – concordou o outro, sério. – Estou exatamente preocupado com o meu próprio caso. Já iniciei o que eu chamo de “a minha libertação”.
– E o que eu chamo de “a sua imbecilização”.
– Vista pela sua, que já é completa. O que eu chamo de libertação é a possibilidade de me afirmar integralmente, como homem. O homem é que interessa. Se Deus existe, posso vir a me entender com ele, mas há de ser de homem para homem.
Fernando Sabino
O texto de Fernando Sabino apresenta características do seguinte gênero textual:
CorretoIncorreto