Desde a constituição das primeiras sociedades e o surgimento das primeiras civilizações, observa-se a existência de uma intensa e nem sempre equilibrada relação entre sociedade e natureza. Essa relação diz respeito às formas pelas quais as ações humanas transformam o meio natural e utilizam-se deste para o seu desenvolvimento. Além do mais, diz respeito também à forma pela qual as composições naturais – seres vivos, relevo, clima e recursos naturais – interferem nas dinâmicas sociais.
Por esse motivo, é importante entender a complexidade com que se estabelece a interação entre natureza e ação humana, pois, mesmo com a evolução dos diferentes instrumentos tecnológicos e das formas de construção da sociedade, a utilização e transformação dos elementos naturais continuam sendo de fundamental relevância.
Originalmente, os primeiros agrupamentos humanos, que eram nômades, utilizavam-se da natureza como habitat e também para a extração de alimentos. Com o passar do tempo, a constituição da agricultura no período neolítico possibilitou a instalação fixa das primeiras sociedades e, por extensão, o desenvolvimento de diferentes civilizações. Isso foi possível graças à evolução ocorrida nas técnicas e nos instrumentos técnicos, que permitiram o cultivo e a administração dos elementos naturais.
Com o tempo, as sociedades tornaram-se cada vez mais desenvolvidas e, consequentemente, produziram transformações cada vez mais avançadas em seus sistemas de técnicas, gerando um maior poder de construção e transformação do espaço geográfico e os consequentes impactos sobre a natureza. Portanto, a influência da ação humana sobre a dinâmica natural tornou-se gradativamente mais complexa.
O modo de vida das pessoas, varia de acordo com o lugar onde elas vivem, consequentemente as interações sociais também.
É nítida a diferença de interações e relações sociais, bem dos processos sociais resultantes de um lugar próximo ao um grande centro urbano e um lugar mais afastado e próximo do campo.
O ritmo de vida urbano é bem diferente do ritmo de vida rural, não é verdade?
Mas e os outros lugares? Que diferenças podemos encontrar?
INTERAÇÕES SOCIAIS NA CIDADE
As pessoas que vivem em grandes centros urbanos atuam basicamente com atividades econômicas ligadas aos setores secundários (indústria) e terciário (comércio e serviços). O ritmo de vida é frenético, com jornadas extensas de trabalho, há o predomínio de uma acirrada disputa pelo mercado de trabalho.
Nas cidades predominam as relações impessoais típicas da característica de sociedade. São interações entre os colegas de trabalho; de um empregado com a empresa e interações entre empresas.
Quanto maior a cidade, mais impessoais as relações, visto que há uma acirrada disputa empresarial e mercadológica.
Boa parte das cidades cresceram sem o devido planejamento. Situação que acarreta inúmeros problemas como: desemprego, violência, mendicância, drogas, dentre outros.
Tais problemas, principalmente a violência faz com que as interações sociais entre as pessoas que vivem nas cidades tornem-se mais superficiais e individualistas.
Buscando “fugir” da violência, parte da população com maior poder aquisitivo isola-se do restante da sociedade em condomínios fechados, vigiados por de circuito interno de televisão, seguranças, cercas elétricas e cães de guarda.
INTERAÇÕES SOCIAIS NO CAMPO
No campo, as pessoas estão predominantes envolvidas com atividades do setor primário (agricultura, pecuária e extrativismo).
Algumas pessoas produzem para sua subsistência e de sua família e o excedente de produção é comercializado em uma feira local ou enviado para uma cidade vizinha.
As relações sociais são menos impessoais que na cidade grande. Há um estreitamento das relações de convívio.
Apesar de haver interações no campo (zona rural) relacionadas ao mercado de trabalho, por exemplo: entre trabalhadores rurais; entre o trabalhador e o proprietário de terra e entre produtores e um centro comercial de uma cidade vizinha, e até mesmo relações de comércio e serviços locais, ainda há interações que marcam laços de afetividade. É comum evidenciarmos vizinhos conversando nas calçadas das casas e nas praças situadas na zona rural, situação rara encontradas nos grandes centros urbanos.
INTERAÇÕES SOCIAIS EM ALDEIA INDÍGENA
As comunidades indígenas tradicionais têm suas interações sociais caracterizadas a partir dos costumes e da cultura herdada de geração em geração. Cada indivíduo tem um papel bem definido, seja na caça, na pesca, no artesanato, liderança ou no campo religioso.
Os indivíduos pertencentes a uma comunidade indígena têm contato pessoal e afetivo, característica típica de uma comunidade. Todos se conhecem e se ajudam e tem por finalidade o bem maior da comunidade.
INTERAÇÕES SOCIAIS EM ALDEIA INDÍGENA: MODIFICAÇÕES A PARTIR DO AVANÇO DA TECNOLOGIA
A evolução da tecnologia também chegou às comunidades indígenas. Não é difícil identificar antenas parabólicas, internet e telefone nesses lugares. Este fato contribui consequentemente para algumas mudanças nos processos de interações sociais. Desta forma, as interações sociais passam a ser com os indivíduos da mesma comunidade, com indivíduos de outras comunidade, com não indígenas, ou seja, as interações sociais passaram a ser com indivíduos cidadãos do mundo.
É preciso considerar que, independente da forma com que se estabelece essa complexa relação entre natureza e sociedade, é preciso entender que os seres humanos precisam conservar o espaço natural, sobretudo no sentido de garantir a existência dos recursos e dos meios inerentes a eles para as sociedades futuras. A evolução das técnicas, nesse ínterim, precisa acontecer no sentido de garantir essa dinâmica.
Muito boa a aula
QUASE NÃO ME LEMBRO DO QUE EU LI