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Geografia 6º ano

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  1. Geografia como Ciência
    6 Aulas
    |
    7 Exercícios
  2. Planeta Terra
    10 Aulas
    |
    11 Exercícios
Módulo 1 de 2
Em andamento

Geografia como Ciência

O que é geografia e o que ela estuda?

A geografia é uma ciência que estuda a superfície terrestre e a relação dela com seus habitantes.

Ela busca compreender como e onde vivem os homens, as plantas e os animais, os fenômenos climáticos, as formações terrestres, os recursos hídricos e as cidades.

Para tanto, estuda não apenas o relevo terrestre e seus aspectos físicos, mas também o espaço geográfico.

É todo o espaço terrestre que tenha relação direta ou indireta com o homem ou que tenha sido produzido por ele.

Ou seja, a geografia estuda as sociedades urbana e rural, o uso e a apropriação dos recursos disponíveis no globo e as dinâmicas naturais.

Além disso, busca compreender a dinâmica das atividades humanas sobre o espaço terrestre, como demografia, desenvolvimento urbano, crescimento econômico e atividade rural.

Para tais estudos, trabalha em conjunto com outras áreas do conhecimento, como química, geologia, matemática, história, física, astronomia, antropologia, biologia e ecologia.

Por meio da troca de conhecimentos, consegue aprofundar estudos sobre o espaço terrestre em suas vertentes física, biológica e humana.

Geografia como Ciência 1

Como surgiu a geografia?

A palavra “geografia” vem do grego geographía (γεογραπηία), que significa descrição da Terra.

A história do pensamento geográfico se inicia com os gregos, os quais foram a primeira cultura conhecida a explorar ativamente a Geografia como ciência e filosofia, sendo os maiores contribuintes Tales de Mileto, Heródoto, Eratóstenes, Hiparco, Aristóteles, Estrabão e Ptolomeu.

Geografia como Ciência 2

A Geografia como ciência surge sob forte influência do Positivismo Lógico. E essa condição se expressa em grande parte nos estudos de geografia até hoje. Entretanto, a Ciência evoluiu e transformou as suas orientações teórico-metodológicas. Teoria elaborada pelo filósofo Augusto Comte, o positivismo, afirmava que a ciência deveria deixar de especular sobre a origem dos fenômenos e se apoiar apenas na observação, na experimentação e na comparação dos resultados, procurando a causa dos fenômenos e formulando leis.

Mas foi no século XIX, na Alemanha, que aconteceu o primeiro passo para que a geografia se tornasse uma ciência. Nessa época, Alexander Von Humboldt e Carl Ritter deram início à sistematização da geografia, o que foi seguido por diversas escolas. A escola alemã apresentou o Determinismo, que dizia que o clima era capaz de estimular a força e o desenvolvimento intelectual das pessoas.

O determinismo geográfico defendia que as características dos povos se devem à influência do meio natural. Deterministas proeminentes foram Carl Ritter, Ellen Churchill Semple e Ellsworth Huntington. Hipóteses populares como “o calor torna os habitantes dos trópicos preguiçosos” e “mudanças freqüentes na pressão barométrica tornam os habitantes das latitudes médias mais inteligentes” eram assim defendidas e fundamentadas. Os geógrafos deterministas tentaram estudar cientificamente a importância de tais influências. Nos anos 1930, esta escola de pensamento foi largamente repudiada por lhe faltarem bases sustentáveis e por ser propensa a generalizações.

Porém o determinismo foi uma teoria reducionista do pensamento do alemão Friedrich Ratzel, que dizia que o meio influencia, mas não que determinava o homem.

Em reação ao determinismo, nos anos 30 a Escola Francesa, de Vidal De La Blache, lançou o POSSIBILISMO, que afirmava que as pessoas poderiam atuar no meio, modificando-o e determinando o seu desenvolvimento, ou seja, o meio natural oferece um conjunto de possibilidades, e sua utilização depende dos costumes e das técnicas (gêneros de vida) diferenciados e do desenvolvimento histórico de cada sociedade.

A Geografia Regional representou a reafirmação de que os aspectos próprios da Geografia eram o espaço e os lugares. Os geógrafos regionais dedicaram-se à recolha de informação descritiva sobre lugares, bem como aos métodos mais adequados para dividir a Terra em regiões.

As bases filosóficas foram desenvolvidas por Vidal de La Blache e Richard Hartshorne. Vale à pena lembrar que enquanto Vidal vê a região como uma determinada paisagem, onde os gêneros de vida determinam a condição e a homogeneidade de uma região, Hartshorne não utilizava o termo região: para ele os espaços eram divididos em classes de área, nas quais os elementos mais homogêneos determinariam cada classe, e assim as descontinuidades destes trariam as divisões das áreas. E este ficou conhecido como método regional.

Neste caso, é bom lembrar que a geografia em seu início com Humboldt, Ratzel, Ritter, La Blache, Hartshorne e outros já se utilizava de métodos positivistas, e a mudança que ocorreu com a matematização do espaço foi a da inclusão da informática para a quantificação dos dados, pelo método neopositivista, por volta dos anos 1950 no Brasil.

Apesar de as perspectivas positivista e pós-positivista permanecerem importantes em Geografia, a Geografia Radical surgiu como uma crítica ao positivismo. O primeiro sinal do surgimento da Geografia Radical foi a Geografia Humanista. A partir do Existencialismo e da Fenomenologia, os geógrafos humanistas (como Yi-Fu Tuan) debruçaram-se sobre o sentimento de, e da relação com, lugares. Mais influente foi a Geografia Marxista, que aplicou as teorias sociais de Karl Marx e dos seus seguidores aos fenómenos geográficos. David Harvey e Richard Peet são bem conhecidos geógrafos marxistas. A Geografia feminista é, como o nome sugere, o uso de ideias do feminismo em contexto geográfico. A mais recente estirpe da Geografia Radical é a geografia pós-modernista, que emprega as ideias do pós-modernismo e teorias pós-estruturalistas para explorar a construção social de relações espaciais.

Quanto ao conhecimento geográfico no Brasil, não se pode deixar de observar a grande importância e influência do Geógrafo mais reconhecido do país seguido de Aziz Ab’Saber e seu pioneirismo, não por profissão, mas por méritos, Milton Santos. Com várias publicações, Milton Santos, tornou-se o pai da Geografia Crítica que faz análises e fenomenológicas dos fatos e incidências de casos. Isso é importante, visto que a Geografia é uma ciência global e abrangente, e somente o olhar geográfico aguçado consegue identificar determinados processos, sejam naturais ou sócio-espaciais. Vale ressaltar também os importantes estudos do professor Jurandyr Ross, que se dedicou a mapear, de forma bastante detalhada, o relevo brasileiro além das inúmeras publicações do professor doutor José William Vesentini que se tornaram referência no estudo da Geografia no Brasil.

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