Tempo e História

– TEMPO E HISTÓRIA

  O tempo é uma percepção e uma característica generalizada no mundo animal. Porém neurologistas afirmam que somos a única espécie capaz de relembrar o passado e projetar o futuro.

  Há indícios que indicam que teríamos desenvolvido essa habilidade por volta de 60 mil anos atrás, no período da revolução do Paleolítico Superior. Lembrando que existimos há cerca de 300 mil anos.

Com o desenvolvimento da abstração (artes pictográficas nas cavernas) e da linguagem, o ser humano foi capaz de ver o tempo de uma nova maneira.

Segundo especialistas, foi nesse momento que adquirimos a habilidade do raciocínio.

Somos a única espécie no mundo capaz de construir da forma retrospectiva e dar sentido a sua trajetória no tempo.

– Tempo histórico

O tempo histórico é marcado pelos grandes acontecimentos, como o surgimento da escrita, a queda de impérios e grandes civilizações, as grandes guerras mundiais, entre outros.

O tempo histórico não é preso a datas, ele considera a sequência de eventos de curta e longa duração.

– Tempo Cronológico

O tempo cronológico é aquele referente ao tempo dos relógios e dos calendários, por exemplo: um dia tem sempre 24 horas e uma hora tem sempre 60 minutos.

Começou a ser medidos através dos fenômenos naturais como a posição do sol e as fases da lua. Após isso, foram criados instrumentos que fossem capazes de controlar o tempo como a ampulheta, o relógio e o calendário.

Ilustração do tempo cronológico através dos relógios em diferentes lugares do mundo. (Figura 1).

– Unidades de tempo

Existem várias unidades de contagem de tempo a longa duração, dentre elas:

→ Um lustro: São 5 anos.

→ Uma década: São 10 anos.

→ Um século: São 100 anos.

→ Um milênio: São 1000 anos.

No mundo antigo, diferentes sistemas de contagem do tempo foram utilizados, segundo as regiões e a época.

Os gregos, por exemplo, contavam os anos a partir da primeira olimpíada, os romanos a partir da fundação de Roma. Os maias continham um calendário onde contavam os anos em ciclos. 

Ilustração de um calendário. (Figura 2).

– Calendário Gregoriano

No Ocidente predominou a contagem do tempo a partir da cultura cristã, a partir do nascimento de Jesus Cristo com:

 → a.C.: Anos que antecedem o nascimento de Cristo, são contados de forma decrescente.

→ a.D.: “Anno Domini”, ano de nascimento de Jesus Cristo.

→ d.C.: Anos contados de forma crescente, a partir do nascimento de Cristo.

O calendário gregoriano foi promulgado pelo papa Gregório XIII (1572-1585) através da bula Inter Gravissimas. Trata-se de um calendário solar, contabilizando que um ano solar tem 365 dias.

– Calendário Judaico

É utilizado por mais de 3 mil anos pelo povo judeu. Tem como base a Torá, onde começa com a criação do universo e surgimento de Adão para descrever a passagem dos anos. É um calendário lunissolar, cujos meses são dados pelo intervalo entre duas lunações e a contagem dos anos é feita de acordo com os ciclos solares.

Os meses do calendário judaico são: Nissan, Lyar, Sivan, Tamuz, Av, Elul, Tishrei, Chesvan, Kislev, Tevet, Shevat e Adar.

– Calendário Islâmico

Tem sua criação atribuída a Hazrat Umar bin Al Khattab, segundo califa do Islã, em 638 d.C. Trata-se de um calendário lunar, cuja ordem está de acordo com as passagens do Alcorão. Um ano no calendário islâmico dura entre 354 e 355 dias.

Os meses do calendário islâmico são: Muharram, Safar, Rabi al-Awwal, Rabi al-Thani, Jumada al-Awwal, Jumada al-Thani, Rajab, Sha’aban, Ramadan, Shawwal, Dhu al-Qidah, Dhu al-Hija.