A EXPANSÃO IMPERIALISTA DO SÉCULO XIX E O NEOCOLONIALISMO NA ÁFRICA E ÁSIA
O Imperialismo surgiu cem anos antes de seu auge através da Revolução Industrial. Esta que tem por principal característica o desenvolvimento da indústria química, elétrica, do petróleo, do aço e da introdução dos navios de aço movidos a vapor, além de outros progressos que foram essenciais durante esse período como a produção em massa de bens de consumo e as técnicas de automação. Esse período marcou a chegada dos Estados Unidos e da Alemanha como potências industriais, assim como o Reino Unido e a França.
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No século XIX o imperialismo surge como uma política de expansão e de domínio territorial, econômico e cultural movido pelas nações capitalistas, de modo que tal política passou a ser caracterizada e entendida enquanto um método traiçoeiro de colonização. Portanto, a expansão imperialista no século XIX é definida enquanto um processo complexo que engloba a expansão territorial e a disputa por territórios entre as nações europeias.
No século XIX, na Europa a supremacia inglesa colocou a Inglaterra em uma posição de progresso. Apenas na segunda metade do século XIX foi que as nações europeias da Alemanha, França e Itália começaram a avançar industrialmente, apesar desse processo de industrialização nenhuma dessas nações foram suficientes para abalar a supremacia inglesa. Uma vez que a Inglaterra era a principal nação a possuir a supremacia naval junto com a sua supremacia econômica. Além, de ser a responsável por enviar homens, capitais e matéria-prima como tecidos, máquinas e carvão para o restante do planeta.
A Era Vitoriana, como ficou conhecida a supremacia inglesa encontrava-se sob o governo da rainha Vitória (1837-1901) durante seu governo ela foi o símbolo de perseverança responsável por transformar Londres na maior cidade do mundo, e o sistema do parlamentarismo adotado na Inglaterra era um regime político estável e flexível que atendia às necessidades sociais do povo inglês.
A RAZÃO POR TRÁS DA EXPANSÃO IMPERIALISTA
Os avanços tecnológicos da segunda Revolução Industrial geraram uma grande necessidade de mercado consumidor para os produtos industriais excessivos. Nesse caso, a falta de matéria-prima também foi um dos fatores que contribuiu para a expansão imperialista no século XIX, uma vez que novas regiões investiam na construção de ferrovias e na exploração de minas.
A superprodução na Europa acabou intensificando as medidas protecionistas dos países industrializados, uma vez que a superprodução dentro do território europeu que se encontrava em crescimento acelerado acabaria por dificultar o mercado, assim, a necessidade de se estabelecer em novas terras passou a ser adotado por muitas nações europeias.
Entre os séculos XV ao XVIII o colonialismo foi uma prática de dominação política e econômica adotada por muitas nações europeias também conhecidas como metrópoles, que foram as responsáveis por tomar para si todos os recursos e riquezas das colônias. Devemos destacar que apesar de possuírem similaridades, o colonialismo é caracterizado pela política do mercantilismo, assim, como do pacto colonial que eram impostas pelos governos europeus absolutistas entre o século XV ao século XVIII.
Em contrapartida, o neocolonialismo surge após o estopim da industrialização, ou seja, na metade do século XIX em meio a um cenário em que o continente europeu buscava por novos mercados consumidores, uma vez que as demais nações iniciaram o processo de industrialização. A tabela a seguir descreve as principais diferenças entre o colonialismo e neocolonialismo.
As nações europeias eram movidas pela ideologia do etnocentrismo cuja justificativa encontrava-se no pretexto de que as colonizações das áreas dominadas estavam baseadas na teoria de Darwin ao afirmar a superioridade da raça branca. Nesse caso, os europeus eram os superiores enquanto os africanos, os asiáticos e os indígenas eram considerados selvagens e primitivos diante da teoria do darwinismo social que interpretava a teoria da evolução de forma equivocada.
A PARTILHA DA ÁFRICA
Dentre os lugares mais afetados pelo Imperialismo destacaremos o continente africano, inicialmente, porque foi o local onde o neocolonialismo teve início e cuja divisão territorial foi consolidada na Conferência de Berlim de 1885.
Nesta conferência as potências europeias conversaram entre si e decidiram estabelecer as fronteiras entre os países africanos, nesta partilha as etnias africanas passaram a conviver entre si.
Nesse cenário as etnias africanas rivais foram colocadas em um mesmo território, e isso acirrou ainda mais a rivalidade existente entre elas gerando por consequência os conflitos étnicos religiosos, tal partilha além de ocasionar muitos conflitos contribuiu para erradicar os antigos costumes africanos. Na imagem a seguir temos uma melhor compreensão de como ficou dividido o continente africano após a Conferência de Berlim ocorrida em de 1885.
A PARTILHA DA ÁSIA
Em relação ao continente asiático a conquista europeia na Ásia iniciou em 1500, inicialmente os europeus buscavam rotas para a Ásia a fim de explorar as riquezas do continente e comercializar as especiarias no período das Grandes Navegações entre os séculos XV e XVI.
No entanto, as mudanças em relação ao continente asiático ocorreram a partir do final do século XIX com a atuação da Inglaterra na conquista de territórios durante a expansão imperialista, que promoveu várias conquistas na Índia. A França também passou a expandir seu território pela Ásia assim como pela África.
Devemos observar que as nações europeias estavam muito avançadas tecnologicamente, e isso contribuiu para a vitória das potências europeias na Ásia. Como é o caso dos inúmeros conflitos que ocorreram após a Guerra do Ópio, em 1842 entre China e Inglaterra. Esse conflito reuniu também potências como os Estados Unidos, a Rússia e o Japão. A China foi forçada após inúmeras perdas a pagar indenizações de guerra para os ingleses, além de serem submetidos a inúmeras humilhações que resultaram na abertura de seus portos para as potências imperialistas.
Apesar da contribuição das nações europeias para o campo da agricultura, da industrialização, do comércio, da educação e da saúde para os territórios dominados. Em muitos casos o desrespeito às culturas e religiões asiáticas contribuíram para o desenvolvimento de problemas sociais, e esse era um dos principais problemas do imperialismo ao explorar as riquezas do continente.
Em decorrência desses acontecimentos a corrida imperialista e suas constantes repartições territoriais entre as potências europeias geraram uma instabilidade, efeito do domínio territorial no continente asiático. Logo, contribuindo para uma das causas que provocou a Primeira Guerra Mundial em 1914.
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