Sistema Capitalista e processos de uso irracional de recursos ambientais
O Capitalismo é um sistema em que predomina a propriedade privada e a busca constante pelo lucro e pela acumulação de capital. Apesar de ser considerado um sistema econômico, o capitalismo estende-se aos campos políticos, sociais, culturais, éticos e muitos outros, compondo quase que a totalidade do espaço geográfico.
Seja Premium
- Oferta!
Cursos 8º ano Reforço Escolar [Videoaulas+PDFs]
O preço original era: R$ 299,40.R$ 239,90O preço atual é: R$ 239,90.Até 12x de R$ 19,99 (sem juros)
Comprarou R$ 203,92 no Pix (com 15% OFF)
- Oferta!
Fundamental Completo [Videoaulas+PDFs]
O preço original era: R$ 1.197,60.R$ 719,90O preço atual é: R$ 719,90.Até 12x de R$ 59,99 (sem juros)
Comprarou R$ 611,92 no Pix (com 15% OFF)
A divisão da sociedade em classes é a base do funcionamento do sistema capitalista. De um lado, estão os proprietários dos meios de produção e a burguesia; e de outro, estão os proletários, que são aqueles que vivem de sua força de trabalho, através do recebimento de salários.
Com a Globalização, o sistema capitalista tornou-se predominante no mundo. Porém, as suas fases e etapas de desenvolvimento não ocorrem de forma igual, pois a lógica de produção e reprodução é desigual. Assim, algumas nações apresentam estágios mais avançados de capitalismo e outras apresentam estágios iniciais.
Surgimento e desenvolvimento do sistema capitalista
O processo de surgimento do capitalismo foi lento e gradual, iniciou na Baixa Idade Média (do século XIII ao XV), com a formação de pequenas cidades comerciais. Essas cidades desafiavam a ordem do feudalismo, sistema vigente na época. A usura era condenada pela Igreja Católica, e isso dificultava o nascimento do novo sistema que se encontrava em emergência.
Com o passar dos anos, o poder da classe comerciante foi se expandido e o acúmulo de capital se difundiu. Tal fator era associado ao crescimento das cidades e ao processo de urbanização da Europa, além de fatores históricos, como as Cruzadas, que provocou uma gradativa derrocada do sistema feudal e o surgimento do capitalismo. O que marcou a formação desse novo modelo econômico de sociedade foi, principalmente, a realização das Grandes Navegações no final do século XV e início do século XVI.
Assim, temos o desenvolvimento do novo sistema dividido em três fases: o capitalismo comercial, o industrial e o financeiro.
Capitalismo Comercial
Nesse período, a economia era essencialmente centrada nas trocas comerciais e a riqueza das nações era medida pelo acúmulo de matérias-primas e especiarias ou a capacidade de se ter acesso a elas. Por isso, o período que vai do século XVI a meados do século XVIII é chamado de Capitalismo Comercial.
O modelo econômico do Capitalismo Comercial foi chamado de Mercantilismo e caracterizava-se pelo fortalecimento dos Estados Nacionais e sua forte intervenção na economia. Seu objetivo era assegurar a acumulação de lucros por parte da burguesia e da aristocracia e disputar os mercados internacionais e o acesso a matérias-primas.
Os princípios básicos do Mercantilismo eram:
a) busca por matérias-primas a baixo custo;
b) produção de mercadorias manufaturadas;
c) metalismo (acúmulo máximo de metais preciosos); e
d) a busca pela balança comercial sempre favorável.
Capitalismo Industrial
Os dois fatores históricos que ocasionaram a transição do capitalismo comercial para o capitalismo industrial foram a Revolução Industrial (1760-1820) e a Revolução Francesa (1789-1799), pois permitiram a estabilização do poder nas mãos da burguesia, centrando a economia na industrialização.
Nesse período, a Europa exerceu um grande poder sobre o mundo, sob a ótica do colonialismo e do imperialismo. O continente também passou por intensivos processos de industrialização, formando grandes cidades que, inicialmente, não dispunham de condições estruturais, apresentando moradias precárias e inúmeras pessoas em situação de miséria.
O modelo econômico predominante nesse período foi o Liberalismo Econômico, idealizado por Adam Smith, com o objetivo de preconizar a mínima intervenção do Estado nas práticas econômicas. Esse contexto consolidou o máximo poder da burguesia, uma vez que ela seria responsável pela economia.
Capitalismo Financeiro ou Monopolista
A transição do capitalismo para a sua fase financeira ocorreu através do processo de investimento do capital bancário sobre o capital industrial. Isso propiciou o surgimento de grandes empresas, que passaram a se dividir em ações que eram negociadas como mercadorias, sendo mais valorizadas à medida que os lucros das empresas se ampliassem.
Dessa maneira, a economia não estava mais centrada nas práticas industriais, mas nas práticas especulativas e financeiras. A busca pela acumulação de capital intensificou-se e alcançou níveis jamais vistos na história da humanidade.
O modelo econômico foi alterado e o sistema keynesiano passou a ser hegemônico, consequência da crise de 1929. Esse sistema foi elaborado pelo economista inglês John Maynard Keynes, que preconizava o retorno ao chamado “Estado Forte”, ou seja, com a sua máxima intervenção na economia. Esse modelo também era chamado de Welfare State (Estado do bem-estar social) e visava ao máximo consumo a fim de abastecer as indústrias e gerar mais empregos.
Surgiram as Transnacionais, as Multinacionais e as Empresas Globais, que rapidamente se instalaram em vários países, sobretudo os subdesenvolvidos, sempre em busca de matéria-prima, mão de obra barata e ampliação do mercado consumidor. Essas empresas dominaram o mercado internacional e o monopolizaram.
A partir de 1980, o keynesianismo entrou em derrocada em benefício do neoliberalismo, que retomava o ideal da mínima participação do Estado na Economia, que deveria apenas atuar para assegurar a reprodução do sistema e salvar o mercado de eventuais crises econômicas. Atualmente, alguns livros e autores apontam o surgimento de um capitalismo informacional, mas a maioria dos economistas afirma que ainda estamos na fase financeira do sistema capitalista.
Degradação ambiental
O sistema capitalista está ligado à produção em massa e o consumo na mesma proporção, com isso produz o lucro, para a obtenção de matéria-prima é preciso retirar da natureza diversos recursos.
A exploração constante e desenfreada tem deixado um saldo de devastação profunda no meio-ambiente.
Durante o último século o mundo passou por profundas evoluções e a natureza sempre foi usada nesse processo, porém sem planejamento a mesma já demonstra saturação e incapacidade de regenerar. Ultimamente a humanidade tem comprovado os reflexos, tais como aquecimento global, elevação dos oceanos, mudanças climáticas, escassez de água, entre muitos outros.
Marcando presença, Ótimo o conteúdo, a explicação de tudo aqui e tals.
Adorei!