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História 6º ano

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  1. INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS HISTÓRICOS E PRÉ HISTÓRIA
    8 Aulas
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    8 Exercícios
  2. CIVILIZAÇÕES E CULTURA AFRICANAS
    5 Aulas
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    5 Exercícios
  3. PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES, GRECIA E ROMA
    5 Aulas
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    5 Exercícios
Progresso do Módulo
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– PRÉ-HISTÓRIA DO PLANALTO CENTRAL

  O planalto central do Brasil, na região que hoje é o Distrito Federal, preenche alguns requisitos para ser considerada uma área interessante de povoamento pré-histórico.

  Existe um triplo divisor de bacias hidrográficas na região, o que seria um caminho inevitável para as migrações.

Eles são nômades que buscaram refúgio em cavernas durante os meses mais frios. No verão, eles saíam para caçar. As cavernas e paredes de pedra da região descrevem esse estilo de vida. Nas paredes, retratavam a vida cotidiana com pinturas de animais e descrições de caça.

– Grutas de Formosa

As Grutas de Fromosa estão localizadas em um morro rochoso entre a Serra Geral do Paraná e o Espigão Mestre da Serra Geral, no Vale do Paraná, Estado de Goiás. Esses blocos se estendem por 8,5 quilômetros e são a bacia hidrográfica entre os rios Paraná e Banderinha.

A formação é claramente descontínua, com quatro picos mais altos – na verdade, apenas a ponta de uma montanha rochosa que foi soterrada por milhares de anos – fazendo com que os moradores locais batizassem o maior bairro de Lapa da Pedra (Lapa da Pedra). Nesta área de 1,8 km de comprimento, encontram-se a maioria das cavernas e pinturas rupestres.

Ilustração de uma gruta. (Figura 1).

Pré-história do Planalto Central 1
Figura 1. Exemplo de gruta. Imagem: Pixabay

Os pesquisadores acreditam que, além dos dedos, o homem pré-histórico também usou um pincel feito especificamente para a arte desse ambiente. Considerando o desgaste da longa exposição, essas pinturas são muito claras. Alguns chegam a 7,5 metros do solo e a maioria tem uma tonalidade: vermelho, laranja, bordô e preto.

Existem muitas manifestações a animais como tatus e veados. Há também pegadas, com quatro, cinco e seis dedos e desenhos principais de pessoas. Mas ainda existem muitas esculturas que ainda não foram decifradas pelos cientistas. Eles têm formas geométricas e tradições astronômicas. Os pesquisadores presumem que sejam retratos do céu e de diferentes constelações.

– O ser humano no Planalto Central

Foi somente em 2017, que arqueólogos concluíram que humanos pisaram em solo onde hoje é Brasília (DF) há 8.414 anos atrás. Essa datação é com base em fragmentos de carvão encontrados em uma escavação.

Os habitantes da pré-história brasileira são divididos em três grupos:

– Caçadores Coletores

Estes viviam em praticamente todo território da América, entre 50 mil e 2,5 mil anos. Habitavam cavernas, florestas e usavam arcos e flechas, bumerangues feitos de pedras, boleadeiras, entre outros.

Como eram caçadores coletores, alimentavam-se de pequenos animais, peixes, moluscos, frutas, sementes, entre outros.

– Povos do Litoral (Sambaquis)

Ocupavam as costas com os mares, desde o Espírito Santo até o Rio Grande do Sul. Eram basicamente sedentários, pois não necessitavam se deslocar para conseguir alimentos.

Sua alimentação era de frutos do mar, mas também coletavam frutas próximas e sementes. Utilizavam os restos das conchas amontoadas para construção de casas.

Possivelmente já realizavam ritos funerários, pois foram encontradas sepulturas com vários objetos e com desenhos.

– Agricultores

São os povos que deram origem às tribos indígenas do planalto central e do Brasil. Eram sedentários e construíam suas casas ou cabanas subterrâneas.

Conhecedores da cerâmica, deixaram muitos vestígios materiais nos quais são possíveis hoje a realização de estudos sobre estes povos.

– Os nativos indígenas

Os nativos que viveram em terras como o Planalto Central possuíam ligações linguísticas através de um tronco de famílias.

Definindo tronco linguístico: Conjunto de línguas da mesma origem. Uma primeira língua de origem teria existido há milhares de anos atrás e as outras ramificaram com o tempo em diversas línguas diferentes.

Existem 2 troncos linguísticos no Brasil:

→ Macro-Jê: com 9 famílias, entre elas: Jê, Caiapó, Caigangue, Botocudo, entre outras.

 Tupi: com 10 famílias, entre elas: Guarani, Mbyá, Xetá, Tapiete, Guarayo, entre outras.

Ilustração da ocupação nativa em 1700. (Figura 2).

Pré-história do Planalto Central 2
Figura 2. Mapa de ocupações. Imagem: Research Gate

– Cayapó

Viviam em aldeias dispersas, ao longo dos rios Iriri, Bacajá, Fresco e outros afluentes como o rio Xingu.

Possuem uma cosmologia muito rica e complexa. A floresta é considerada um espaço anti-social, local fora da aldeia onde homens podem se transformar em animais ou espíritos, adoecer sem razão e até matar seus parentes.

Possuem ritos específicos para a passagem da morte, pensam que os espíritos dos mortos vivem em uma aldeia em alguma parte das colinas.

Ficaram conhecidos nos anos 80 e 90 pelo ativismo em prol de mais direitos políticos para seu povo e da demarcação de suas terras.

– Xerente

O nome “Xerente” lhes foi atribuído por “não-índios”, visando diferenciar dos demais. Possuíam um sistema simples de vivência, porém com uma construção social muito complexa.

Acreditavam na divisão de duas entidades Dói e Wahirê, respectivamente o Sol e a Lua, que eram heróis míticos e fundadores da sociedade Xerente.

A onça também faz parte da mítica deste povo, pois ela foi a responsável por lhes ensinar o uso do fogo.

Representação ilustratória de um nativo Xingu. (Figura 3).

Pré-história do Planalto Central 3
Figura 3. Nativo Xingu. Imagem: Pixabay

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